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Gato pra cá, Rato pra lá (Sylvia Orthof)


As cores de um intenso azul traduzem os sentimentos melancólicos e de contemplação que perpassam toda a narrativa. A trivial noite de um gato e um rato enreda-se em estampas curiosíssimas que são os telhados das casas, tecidos suaves aos pés de eventuais caminhantes noturnos. Não diria alguém haver telhados tão aconchegantes e de tamanho bom gosto!

A história nos convida a sentir. Aflorar os sentimentos de forma ampla e livre. Gato pra cá, Rato pra lá, declamando o inexplicável, desafia o leitor à imaginação! Este se verá tentado encontrar hipóteses e explicações do fantástico ou respeitará o surpreendente final e render-se-á à poesia!

Pontos de Conversa:

  1. Suspense;

  2. Magia e encantamento;

  3. Poesia, poemas e canção;

  4. Depressão e melancolia;

  5. Solidão;

  6. Morte e vida;

  7. Romance;

  8. Lua e suas representações (folclóricas, científicas, etc.);

  9. Gatos e suas representações (soturnos, românticos, etc.);

  10. Ratos e suas representações (sorrateiros, pestes, etc.).

Sugestões de leitura dialógica:

  1. Explorar o conteúdo da capa. Destacar onde e como o rato e o gato estão figurados;

  2. A lua será uma importante personagem ao decorrer da história. Explorar os encantos deste poético corpo celeste pode ser interessante. Vocês já pararam para olhar a lua, como foi? O que vocês sentem ao olhar a lua? (Página 8);

  3. Como será que o rato se perdeu? (Página 9);

  4. Vocês já ouviram falar nisso antes? Por que será que o rato é o pior inimigo do gato? (Página 11);

  5. Por que o rato estaria triste? Vocês já se sentiram tristes? Este é um momento em que muitos leitores se identificam com o rato e que sentimentos melancólicos tendem a surgir. Será um momento propício para a discussão das vivências melancólicas, tristezas. (Página 13);

  6. Explorar a imagem! O que estaria acontecendo? (Página 14);

  7. Por que o gato não consegue conversar com o rato? O que está acontecendo? (Página 17);

  8. Atentar para a imagem da lua, lançando a idéia de semelhança com uma gata (Página 18) e retomar o trecho “A lua, tão gata, tão prata, sorria” (Página 19), indicando um possível jogo de palavras. Hora de explorar um poema;

  9. Explorar a idéia do miar poesia e propor uma atividade ao final da história em que as crianças declamariam e/ou escreveriam “poesias miadas” (Página 19);

  10. O final da história é surpreendente, havendo a transformação do rato em morcego! Por que o rato virou morcego? Essa é uma pergunta que despertará muitas hipóteses, sensações e ideias nos ouvintes. Algumas das hipóteses recorrentes neste momento da obra suscitadas pelos leitores são: o rato, na verdade, desde sempre foi um morcego. Na capa do livro ele nem está no telhado, está voando. Ou, será que o rato morreu e o morcego seria a alma do rato? Ou, a lua mágica, ao descer sobre o telhado, encantou a todos tornando tudo possível; até um rato virar morcego. Lembre-se que a beleza deste livro está justamente no inexplicável, e daí milhares de possibilidades! E interpretações assim como os porquês de um rato tornar-se morcego!

Dica:

Sempre faça as intervenções após ler todo o texto contido na página! Como se trata de uma obra poética, com métrica e rima, é preciso ter o cuidado para não quebrar o ritmo.

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